A planta, na antiguidade, era sobretudo usada devido ao seu efeito anafrodisíaco, existindo desde há muito a crença de que o Agnocasto podia reprimir o ardor amoroso, daí a denominação grega de a-gonos (sem descendência) utilizada por Dioscórides.
Na Idade Média, até ao séc. XV, mantinha-se
a tradição que recomendava a quem quisesse viver de forma casta, que colocasse
no leito um pequeno saco com as suas flores e sementes.
Nessa época a designação
inicial “agno” foi substituída, pelo
latim medieval, por “agnus”
(cordeiro), perdendo o seu sentido original.
Apesar da comprovada diminuição da
excitação sexual o efeito terapêutico desta planta era reconhecido, nas mulheres,
pela sua capacidade de tratar problemas ginecológicos, infertilidade e promover
a lactação, enquanto, nos homens, a diminuição da líbido, ocasionava uma menor
produção de sémen. Esse facto associado ao forte conceito de pecado atribuído à
prática sexual pela igreja cristã, induziu, nos mosteiros, o seu uso pelos
monges que o cultivavam abundantemente nos claustros, daí ser, também,
conhecido por “pimenta de monge”.
O Agnocasto é uma das ervas
atribuídas a S. João pelas suas virtudes curativas, além de proféticas e protetoras
da alma das tentações terrenas, sendo, por isso, apelidado de “lenho santo”.
Adaptado de Tratto da “Erbe e Piante del Cilento” D. De Santis
Sem comentários:
Enviar um comentário