sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

ALECRIM



O alecrim - Rosmarinus officinalis - é uma planta arbustiva que, desde tempos antigos, tem dado provas do seu uso, pois tem sido encontrado em diversos vestígios arqueológicos, nomeadamente túmulos egípcios. 
Entre os gregos e os romanos era considerada uma planta sagrada, pois é sabido que os primeiros o utilizavam em coroas para a cabeça durante festas e rituais importantes, assim como era queimado em locais sagrados. Os romanos chamavam-no de rosmarinus, que, em latim, significa "orvalho do mar", embora a etimologia da palavra alecrim tenha origem no termo em árabe al-iklil. 

Os povos árabes verificavam as suas propriedades anti-parasitárias, pois ele afastava as pragas, daí ser plantado perto das suas casas ou em locais agrícolas, tendo, na realidade, as suas propriedades anti-sépticas sido reconhecidas até aos nossos dias.

Durante a Idade Média o fumo obtido da sua queima era usado para desinfestar espaços e afastar os espíritos malignos, sendo aplicadas fumigações em locais com pessoas doentes. Algumas crenças populares ainda consideram que esta planta afasta o mau olhado e a inveja, daí ela ser conhecida por "erva das benzedeiras" ou "erva das bruxas" e, também, os pesadelos quando, durante a noite, é colocado sob a almofada. 



SIMBOLOGIA 


A igreja cristã tem-na utilizado como incenso, sendo um amuleto para atrair boas energias, principalmente em casamentos, dizendo a tradição que se alguém toca a pessoa amada com um ramo de alecrim, o amor da pessoa tocada vai ser eterno.



Segundo uma lenda de origem cigana, o alecrim tem uma característica divina, pois terá aparecido pela primeira vez perto do estábulo onde nasceu o menino, no preciso local onde a Virgem Maria deitou a água do banho de Jesus. 

Outra lenda diz que suas flores eram, no início, apenas brancas, mas pela gratidão de Nossa Senhora, durante a fuga do Egipto, por terem servido para secar as vestes do menino Jesus, se tornaram azuis como o seu manto.

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