Fig.1- Rosa canina
A rosa é considerada uma das mais importantes e
supremas flores presente nos jardins de muitas culturas, sendo o seu cultivo e
seleção conhecido no Médio Oriente desde muito cedo na história.
A Rosa canina (Fig. 1), é a espécie original da qual derivaram muitas rosas de jardim e, na sua forma selvagem, encontra-se distribuída pelo sul e centro da Europa. Esta espécie é caracterizada pela tendência para converter estames em pétalas (flores duplas) e pelo interior esbranquiçado das mesmas.
A Rosa dentro da família das Rosáceas (Rosaceae) compreende um grande número de espécies selvagens e uma vasta gama de híbridos de jardim. Normalmente, as flores de rosa têm cinco pétalas e cinco sépalas e as suas folhas são pinadas. Os caules são espinhosos, característica de contraste com a serenidade das flores, facto que enriquece o seu valor simbólico.
As inúmeras variedades de rosas atuais foram selecionadas pela sua variada forma, beleza, tamanho, fragrância, capacidade de repetir a floração, resistência ao frio ou a pragas e doenças, aspetos que se refletiram no seu simbolismo.
A Rosa dentro da família das Rosáceas (Rosaceae) compreende um grande número de espécies selvagens e uma vasta gama de híbridos de jardim. Normalmente, as flores de rosa têm cinco pétalas e cinco sépalas e as suas folhas são pinadas. Os caules são espinhosos, característica de contraste com a serenidade das flores, facto que enriquece o seu valor simbólico.
As inúmeras variedades de rosas atuais foram selecionadas pela sua variada forma, beleza, tamanho, fragrância, capacidade de repetir a floração, resistência ao frio ou a pragas e doenças, aspetos que se refletiram no seu simbolismo.
A Pérsia, atual Irão, e China são, em geral, considerados
os locais originais do clássico jardim de rosas. Foram traçadas as rotas
prováveis da propagação desses jardins desde a Antiguidade até à Idade Média.
Teofrasto (C. 370-287 aC) já distinguia as rosas de corola singela das que
possuíam 12-20 e até 100 pétalas.
SIMBOLISMO
A rosa florida sempre foi, e continua sendo, um
símbolo universal de amor e beleza, muito valorizada pela sua forma, fragrâncias
para perfumes e uso gastronómico pelo sabor delicado das suas pétalas.
Fig.2
As suas elevadas qualidades levaram-na a ser, frequentemente, associada à nobreza e usada como emblema de liderança e distinção, como está patente na Casa dos Tudor (Inglaterra) ou como flor estadual de Alberta (Canadá) (fig.2) entre outras.
A ideia da rosa como expressão da mais alta forma de
flor originou-se na Pérsia, espalhando-se daí para a Índia, Oriente Médio e
Europa.
Na Antiguidade Clássica, o testemunho escrito mais
antigo do uso de rosas pelos humanos ocorre na Mesopotâmia, nas tumbas reais de
Uruk. No centro cultural dos sumérios (no sul do Iraque e agora em ruínas),
foram encontrados textos em escrita cuneiforme falando sobre a guerra de Sargão
da Acádia (séc. 24 a.C) cujo império se estendeu do ocidente da Pérsia até à Ásia
Menor. Esses textos relatam que os Acádios atravessaram as montanhas Taurus,
trazendo videiras, figos e rosas.
Na Grécia antiga, na Acrópole de Pérgamo, na decoração
de mosaicos, em pavimentos, encontraram-se imagens elaboradas de rosas, e
sabemos que estas estavam associadas a Afrodite, a deusa do amor. Na
civilização romana, as rosas eram as flores de Vénus (correspondentes a
Afrodite) que simbolizavam primavera, amor, beleza e charme, mas também um
estado transitório. Há evidências de que eles as cultivaram em grandes
extensões e também em jardins privados.
Fig.3 Fig.4
Num mural em Roma - Triclinium of the Villa of Livia at Prima Porta - (séc. 1 aC) ( fig. 3) - e num fresco de parede numa casa em Pompeia (fig.4) está pintado um jardim reproduzido de forma muito
naturalista onde, entre várias flores, aparece a Rosa gallica (séc. 1 aC).
No cristianismo, e durante toda a Idade Média, as rosas
tornaram-se as flores simbólicas da Virgem Maria, sendo muitas vezes retratadas
em pinturas de altar, podendo citar-se duas das mais famosas, onde a Virgem
está rodeada por estas flores - 'Mary in the rosegrove', de Stephan Lochner's (fig.5) e
Martin Schongauer (fig.6) (ambas do séc. XV).
A imagem da rosa também se observa em ornamentos esculpidos
em pedra, em capitéis ou outras estruturas da arquitetura religiosa. No início
da história de arte cristã ocorreram, também, várias associações entre rosas,
ou rosetas, e a cruz. Numa laje de pedra bizantina presente no Museu de Corinto
(Fig. 3), encontram-se oito rosetas, cercando a cruz da vida.
Na cultura islâmica as rosas brancas tornaram-se sagradas por significarem a ligação direta com o profeta.
Fig.7
Jan Brueghel the Elder. Guirlanda de flores com rosas
ao redor Maria com o Menino, Isabel, João Batista e anjos (séc.17) (fig.7).
Posteriormente, a pintura de rosas atingiu o seu auge,
na Flandres e Holanda, através de uma escola de pintura de flores que se tornou
notória desde finais do séc. XVI até ao séc. XVIII. O seu fundador foi Jan
Brueghel the Elder (1568-1625), filho de Pieter Brueghel the Elder, que
executou várias pinturas associando imagens santas a flores, como é o da
pintura da Virgem, Jesus, Isabel, João Batista e pequenos anjos, numa paisagem
cercada por guirlandas ricas em rosas (Fig. 4). As escolas holandesas
enfatizaram os prazeres da vida com uma vida vegetal rica e abundante,
correspondendo as suas obras a uma transição para a pintura decorativa, apenas de
flores, nos séculos seguintes.
Fig.8
Pinturas requintadas, de diversas variedades de
rosas, foram executadas para a coroa francesa por Pierre Joseph Redoute
(1759-1840) (fig.8).
A flor que, atualmente, movimenta e gera mais lucro é
a rosa, continuando a ser a favorita, em especial nos casos de amor,
comprovando que o seu significado simbólico não foi totalmente esquecido.
FONTE
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