sábado, 8 de julho de 2017

MENTA - Hortelã


A hortelã, por vezes conhecida por hortelã romana, tem como nome científico
Mentha spicata Huds ou viridis L.

Na mitologia grega, Minta ou Menta (em grego antigoΜινθη), era uma ninfa, amante de Hades, que vivia no rio Cocito, um dos rios do submundo.

ninfa do submundo mantinha com Hades um relacionamento anterior ao rapto de Perséfone que terminou com a nova escolha do rei e a chegada desta para o matrimónio. A ninfa revoltada por ter sido preterida procurou em vão conquistar o amante, tentando que ele a desejasse de novo, convencendo-o da sua maior beleza. Deméter, mãe de Perséfone, não gostando da sua atitude, reduziu-a à dimensão de uma planta, a menta.

Outra versão deste mito diz que a ninfa por ser bela e manter uma relação amorosa ilícita com o rei, estando já este ligado a Perséfone, achava que poderia vir a tornar-se a nova rainha, prevendo a possibilidade de Hades a preferir. Por esse facto começou a gabar-se da sua situação até ser descoberta por Perséfone que, não contente com a situação de infidelidade, num ato de raiva a transformou na planta menta.

A menta fazia parte das plantas mais usadas nas celebrações fúnebres da antiga Grécia Antiga, junto à murta e ao alecrim, não apenas para atenuar o cheiro dos defuntos, mas também como bebida ritualista em Elêusis associada à eternidade da vida.

A menção a Menta, em alguns clássicos antigos:

Perto de Pylos, em direção ao leste, há uma montanha nomeada após Minthe que, segundo o mito, tornou-se concubina de Hades, e depois foi pisada por Kore [Perséfone], e transformada em hortelã, a planta que alguns chamam Hedyosmos. Além disso, perto da montanha há um recinto sagrado para Hades".


Perséfone mais tarde teve a magia de mudar a forma de uma mulher [Minta] na perfumada hortelã.



"Minta (Menta), dizem os homens, era uma donzela do mundo subterrâneo, a Ninfa do Cocito, e ela deitava-se no leito de Aidoneus (Hades); mas quando ele raptou a jovem Perséfone no monte Aitnaian [na Sicília], então ela protestou em voz alta com palavras arrogantes e enlouquecida pelo ciúme estúpido, e Deméter espezinhou-a com os pés, destruindo-a. Pois ela havia dito que era mais nobre de forma e mais excelente em beleza do que a Perséfone de olhos negros, e gabou-se que Aidoneus voltaria para ela e baniria os demais de seus salões: tal paixão caiu sobre sua própria língua. E da terra ramificou-se na frágil erva que leva seu nome.


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